sexta-feira, 28 de agosto de 2009

o segundo show

O segundo show que organizamos foi no dia 17/03/07 no Bar Funil e chamamos 3 bandas de fora da cidade: No More Dying (Rolândia), Devolva Minha Vida (Jaraguá do Sul, Trainspotting (Curitiba) e uma banda de Joinville: Poisex. De todas essas, a única que ainda existe é a Poisex, o resto encerrou atividades no final de 2007 por aí.

Bom, como o primeiro show, esse também serviu para construir laços de amizades que permanecem até hoje.

Enfim, esses vídeos aí embaixo são do show no Funil, e não tem nada das outras bandas porque acho que ninguém gravou.. se alguém tiver e quiser mandar, ótimo!




sexta-feira, 21 de agosto de 2009

MOONHOP SOUNDS APRESENTA: JAMAICAN GOLDEN YEARS

MOONHOP SOUNDS APRESENTA: JAMAICN GOLDEN YEARS

O melhor da musica jamaicana, ska, rocksteady, early reggae, roots, dub.

Dia 22/08 no bar do André do lado do terminal norte,
entrada: 5$

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

flame still burns

Às vezes fico pensando se tudo o que me proponho a fazer irá valer a pena, muitas vezes penso em desistir, penso em largar tudo e me conformar com o que convivo diariamente e que me enoja. Ir em busca da mudança é fazer algo, mesmo que isso não valha muito e que não tenha resultados imediatos, mas ainda assim é uma tentativa de alterar o estado "normal" das coisas.
Desde que me interessei por tudo que vivo hoje, desde que me interessei pelo hardcore/punk muitas coisas mudaram. Na época eu tinha 13/14 anos e pra mim, o hardcore se resumia em apenas ouvir Dead Fish. Bom, nesses quase 7 anos, além de a cidade e a suposta "cena" ter se transformado, eu mudei e as pessoas ao meu redor mudaram. Como diz o Colligere em seu último disco "os velhos lugares têm novas pessoas. Quanto tempo vão durar?". Algumas duram apenas um final de semana, outras permanecem até o fim de suas vidas.
Eu lembro que quando pude ir ao meu primeiro show de hardcore, foi como me libertar de tudo e abrir os olhos para um mundo diferente, um mundo que eu não conhecia apenas estudando e convivendo com minha família e amigos. Eu tinha 14 anos e minha mãe não deixava eu ir em shows, sabe como é né, "rockeiros", "bêbados".. a escória para qualquer família que tenta manter o rótulo de "tradicional". Mas depois de muita insistência, ela acabou deixando, até porque era uma matinê e era no centro, no extinto Chaplin Bar. Lembro-me como se fosse hoje daquele dia, de todas as situações e pessoas que ali estavam e que, bom, hoje poucas ainda vejo nos mesmos locais.
Como eu disse antes, eu mudei... E uma dessas mudanças foi perceber que o hardcore é muito mais do que apenas ouvir Dead Fish (ufa, ainda bem). Alguns anos depois de ter ido ao meu primeiro show, uns 2 anos talvez, eu comecei a ter vontade de me envolver diretamente com aquilo tudo, comecei a ter vontade de fazer as coisas funcionarem, e de poder participar daquilo que ainda me torna viva de verdade. Até eu tomar coragem de assumir essas responsabilidades demorou mais uns meses ou anos, não sei bem ao certo, mas em 2006, organizamos o primeiro show e como disse no post anterior, foi extremamente importante para mim.
Desde então, já participei da organização de alguns shows aqui na cidade e também já fui em alguns shows fora daqui, e posso dizer que é uma sensação indescritível. Você ver outras pessoas fazendo tudo aquilo com quase 90% de chance de dar errado, as pessoas metendo a cara, levando prejuízo financeiro, se apertando em lugares minúsculos, tocando com equipamentos que não funcionam direito ou que às vezes nem funcionam, suor, sangue, lágrimas, dor, alegria.. tudo isso em apenas algumas horas, em alguns momentos compartilhados. É, isso ainda me faz viver e me faz esquecer tudo aquilo que falei no primeiro parágrafo. E assim vai passando o tempo, e vou me mantendo nisso tudo, porque se às vezes a vontade de desistir aparece, ao mesmo tempo, perceber que aquilo que você falou em algum show ou que foi falado por outra pessoa fez alguém pensar diferente ou apenas se questionar, pronto. Já valeu a pena.

Camila XXX.